Por: Marcondes Rufino Neto
Uma das maiores invenções midiáticas das últimas décadas foram os programas de Reality shows. É uma fórmula que caiu no gosto da população mundial e que cada vez mais tem batido recordes nas diversas áreas digitais, tais como a televisão e redes sociais.
Mas como surgiu essa ideia? Conforme publicação da revista eletrônica Superinteressante, Rafael Battaglia, baseada no texto original publicado no ano de 2020 pela Revista Super, o primeiro programa a tratar sobre o cotidiano tinha como enredo principal uma família americana, classe média da Califórnia. Estreou no ano de 1973 e teve 12 episódios.
O programa foi um sucesso e agradou em muito os produtores, pois tinha baixo orçamento e agradava o publico em geral, que se viam representados nas histórias cotidianas daquela família.
O sucesso foi tanto que chegou a ser considerada pela antropóloga Margaret Mead como “a invenção tão significativa quanto a criação do drama ou do romance”.
Os dois grandes sucessos mundiais chegaram na década de 90. O primeiro com o lançamento no Reino Unido do Reality Survivor, que tinha como entretenimento, participantes que tinham que sobreviver no meio de uma mata evitando ser eliminado da atração. O segundo, criado pela Endemol e lançado na Holanda em 1999: Big Brother.
Essa edição contou apenas com nove participantes, que ficaram confinados em uma casa durante 104 dias. Foi um sucesso, quase um terço da população da Holanda acompanhou a final. Dai em diante a Endemol ofereceu o formato a diversas emissoras, que ou compraram suas ideias ou preferiram pagar royalties a emissora.
De lá pra cá a empresa já emplacou vários formatos mundiais e entre eles está o The Voice.
Mas de onde vem tamanho sucesso? É simples analisar! Da mistura da curiosidade do ser humano com a representação da realidade nua e crua, das máscaras que caem e principalmente das adversidades que as pessoas passam, Escolhas mal feitas, Tragédias, falta de sorte ou sorte… são diversas diretrizes que levam ao mesmo ponto.
É a construção de narrativas que agradam o público e que levam as pessoas a lutar por ideais e principalmente a tomar as dores do outro sem ao menos conhecer. Empatia? Sim e não. É criar em cada mente a melhor e pior versão do ser humano. É se sentir capaz de definir pelo voto, como a vida do outro vai seguir.
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